quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MURAL DE CARTAS DOS YANOMAMI

Você conhece os Yanomami?
Sabia que a Terra Indígena Yanomami, que cobre quase 97 mil km2 de floresta tropical, é reconhecida por sua alta relevância em termos de proteção da biodiversidade da Amazônia?
Esta e muitas outras informações e perguntas foram trabalhadas com os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental nas situações de ensino relacionadas aos conteúdos de aprendizagem da área de História e Geografia a respeito do processo de formação e crescimento da cidade de São Paulo.
A série desenvolveu um trabalho didático, ao longo dos bimestres, com o objetivo de investigar os diferentes povos indígenas existentes hoje no território brasileiro, seus costumes, suas tradições, as diferentes etnias e suas influências na construção de nossa cultura e na formação do nosso povo, e sabemos que os indígenas se caracterizaram como os primeiros habitantes da região na qual foi fundada a nossa cidade em 1554.
Os alunos realizaram, desse modo, muitas pesquisas para aprofundar os conhecimentos sobre os tupi-guarani, inicialmente, e buscaram selecionar as informações mais relevantes em diferentes suportes: enciclopédias, jornais, revistas e sites, entre outros.
Os Yanomami surgiram em nosso processo de estudo como uma possibilidade de interação com um povo que preservava o modo de vida indígena, seus costumes, tradições, rituais e celebrações em nossos dias e poderiam configurar-se como um grupo indígena de referência para uma comparação com as tribos tupi-guaranis pesquisadas, que receberam os europeus colonizadores na época de 1500.
A proposta da série foi, então, iniciar um contato com os indígenas residentes na aldeia de Boa Vista, em Roraima, e estabelecer uma correspondência com eles por meio de cartas, a fim de conhece-los mais de perto e podermos oferecer experiências de aprendizagem mais ricas aos nossos educandos.
Em um primeiro momento, os alunos produziram cartas para serem enviadas aos Yanomami, relatando um pouco da realidade da cidade de São Paulo e fazendo algumas perguntas sobre o que gostariam de saber a respeito deste povo indígena.
Junto com a carta, também foram enviados desenhos com autorretratos e representações da família, da escola, da moradia e do bairro onde moram, de modo que os indígenas também pudessem conhecer o nosso modo de vida.
A troca de informações sobre a cultura de cada povo contribuiu para o conhecimento de uma forma diferente de viver, para o respeito e a valorização de costumes também diferentes.
Estas situações de aprendizagem também foram importantes para os alunos poderem entender melhor a estrutura composicional dão gênero “carta”, seu contexto de produção e suas especificidades em relação aos textos narrativos estudados.
Uma vez enviadas as cartas, aguardamos por alguns meses as tão esperadas respostas. E elas chegaram, e vieram junto com os textos e os desenhos, que expressam o entendimento de mundo, as representações, a linguagem, enfim, o conhecimento de uma nação indígena de grande relevância para o Brasil, principalmente na região Norte, que luta pela demarcação de suas terras e pela segurança de suas aldeias que se vêem ameaçadas pela invasão de garimpeiros. Vamos aprender com as diferenças e aproveitar para exercitar o respeito a multiplicidade de formas de vida existentes no nosso Brasil!


















VISITA DO 3º ANO F AO PRISMA

Os alunos do 3º ano F foram nesta última 2ª feira, dia 26/10, ao Centro de
Estudos do Colégio Santa Maria, o Prisma, para realizar uma entrevista com as
idosas matriculadas no curso de Pintura em Madeira oferecido pelo espaço. O
objetivo desta atividade foi conhecer a realidade de pessoas idosas que mantém
uma dinâmica ativa de vida na Melhor Idade e continuam atuantes em suas
produções. Os alunos puderam aprender e trocar experiências com as senhoras, que
se dispuseram a participar deste interessante intercâmbio e mostrar o trabalho
que estavam realizando. Os melhores momentos podem ser conferidos pelo nosso
mural de fotos!



quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Matéria feita pela mãe da Isadora Pagenotto Lopes

Matéria realizada por Maria Lígia Pagenotto – jornalista e mestranda em Gerontologia pela PUC-SP (mãe da aluna Isadora Pagenotto Lopes - 3ºE), sobre o projeto "Aprendendo com a melhor idade".

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Henrique Junqueira

"Eu acho muito legal, mas fiquei com pena dos velhinhos."
Henrique Junqueira - 3ºE

Vinicius Borba Ramaldes Guimarães

"Eu senti dó de alguns velhinhos porque eram muito doentes."
Vinicius Borba Ramaldes Guimarães - 3ºE

Vinicius Barden Lucciola Gonçalves

"Foi muito legal visitar o asílo Ondina Lobo."
Vinicius Barden Lucciola Gonçalves - 3ºE

Roberta Perez de Magalhães

"Eu gostei muito de ir no Ondina Lobo, lá tem muitos velhinhos legais."
Roberta Perez de Magalhães - 3ºE

Rafaela Badolato

"Eles comem quando toca o sino. O sino toca e os velhinhos vão comer."
Rafaela Badolato - 3ºE

Rafael Altieri Passos

"Eu adorei o passeio, foi muito legal. Eu me senti seguro e triste de ver os doentes, ex: os sem pernas, os cegos e os deformados."
Rafael Altieri Passos - 3ºE

Matheus Augusto Boscolo Silva

"Eu vi que eles eram bem tratados e felizes morando naquele asilo."
Matheus Augusto Boscolo Silva - 3ºE

Martin Blanco de Carvalho

"O Ondina Lobo é uma casa de velhinhos onde são cuidados."
Martin Blanco de Carvalho - 3ºE

Marcos Paulo Pereira Filho

"Eu adorei o Ondina Lobo!!."
Marcos Paulo Pereira Filho - 3ºE

Luiza Longo Mezzalira

"Os velhinhos são muito educados, se eles se machucarem vão até a enfermaria e o horário de café."
Luiza Longo Mezzalira - 3ºE

Leonardo Longo Terras Aguilar Rodrigues

"O asílo Ondina Lobo é uma casa que tem idosos de várias idades, a maioria é de 60 a 100 anos."
Leonardo Longo Terras Aguilar Rodrigues - 3ºE

Luana Tiemann Halicki Cordeiro

"O passeio para Ondina Lobo foi super legal e eu fiquei feliz porque os idosos são bem tratados, mais eu também fiquei triste porque eu soube que os parentes dos idosos não vem visita-los e eles são esquecidos."
Luana Tiemann Halicki Cordeiro - 3ºE

João Paulo Uemura Nagae

"Foi legal ir na casa dos velhinhos do Ondina Lobo. Eu achei que os velhinhos são legais e divertidos."
João Paulo Uemura Nagae - 3ºE

Giovanna Aurélio da Rocha

"Eu gostei da parte dos velhinhos. Porque eles eram legais"
Giovanna Aurélio da Rocha - 3ºE

Gabriel Savian Serai

"Nos jogamos jogo da velha e foi muito legal graças o Ondina Lobo."
Gabriel Savian Serai - 3ºE

Gabriela Ferraz Vaz de Sampaio

"Aprendi muito e também me diverti com os velhinhos do Ondina Lobo, lembrei muito da minha noninha que não está mais conosco."
Gabriela Ferraz Vaz de Sampaio - 3ºE

Gabriela Nobili Pedroso da Silva

"Eu adorei o Ondina Lobo. Foi muito legal!"
Gabriela Nobili Pedroso da Silva - 3ºE

Gabriel Saba de Almeida Cunha

"Eu achei o Ondina Lobo bem legal também porque eu gosto de cuidar de velhinhos."
Gabriel Saba de Almeida Cunha - 3ºE

Fabricio Stechhahn Bezerra

"Eu e o Marcos estávamos tentando achar um velhinho para jogar jogo da velha quando tocou um sino, dim dim dim dim, e nós fomos embora porque eles iam comer e nós íamos para o recreio."
Fabricio Stechhahn Bezerra - 3ºE

Eduardo Rodrigues Freitas

"Eu gostei muito do Ondina Lobo. O velhinho que eu fiz a entrevista era legal, gentil e carinhoso e eu gostei muito da casa deles."
Eduardo Rodrigues Freitas - 3ºE

Catharina Rodrigues Alves e Clarissa Rodrigues Alves

"Na casa Ondina Lobo tinha muitos velhinhos e velhinhas fofinhos."
Catharina Rodrigues Alves e Clarissa Rodrigues Alves - 3ºE

Carolina Fontenla Gil

"Adorei a Dona Loraci, ela é uma senhora que adora crianças e gosta muito da aula de informática. Me falou que quando era mais nova era modelo."
Carolina Fontenla Gil - 3ºE

Bruna Andrez Vieira de Moraes

"No Ondina Lobo alguns idosos estavam doentes, de um lado ficam as mulheres, do outro os homens, eu conheci um senhor chamado Pedro, ele gostava de dançar e já teve um cavalo e um par de cachorros."
Bruna Andrez Vieira de Moraes - 3ºE

Ana Clara Moretto Santoro

"O Ondina Lobo é um lugar onde só moram velhinhos como a Loraci e a Madalena."
Ana Clara Moretto Santoro - 3ºE

Casa dos Velhinhos de Ondina Lobo

A Casa dos Velhidos de Ondina Lobo, ou a "Casa", apelido carinhoso pelo qual todos que conhecem o abrigo o chama, começou a tomar forma em 1947 com a proposta de se tornar um refúgio para idosos sem recursos. Seu nome homenageia Ondina Lobo (1885-1942), uma alma bondosa que dedicou sua vida a ajudar os menos favorecidos e cujas sábias palavras mostraram um caminho a seguir.

Ondina Lobo costumava dizer, afirmam os fundadores do abrigo, que "ao choro de uma criança, todos socorrem. já o sorriso de um velho a todos afugenta".

Diante do estado de abandono vivido pelos idosos sem recursos e tendo em mente o pedido de Ondina Lobo para que algo fosse geito pelos necessitados, o grupo de fundadores da "Casa", formado por carlos Caldeira Filhos, Coraly Lobo Grubba, Eurico Branco Ribeiro, Ângelo Rinalddi e Haroldo Simas magalhães, entre muitos outros, deu início à empreitada de três anos
que resultou, em setembro de 1950, na fundação da "Casa", no bairro de Santo Amaro, zonal Sul de São Paulo.

De lá para cá, com mais de meio século de existência, a "Casa" continua viva, mantendo-se fiel a sua vocação. Atualmente ela abriga e mantém aproximadamente uma centena de idosos entre homens e mulheres, mas sua capacidade, salvo as restrições financeiras vividas pela entidade, permitiria o atendimento de quase o dobro de idosos sem recursos. Dividid
a em oito pavilhões, cada um com 18 lei
tos em média, a "Casa" ainda possui dois dormitórios, dois refeitórios, uma cozinha industrial, áreas de saúde com ambulatórios médico, odontológico e para terapias complementares, áreas ocupacionais com oficinas para realização de trabalhos manuais e áreas de lazer e integração social com milhares de metros quadrados de área verde.

A "Casa" procura incentivar a integração social de seus abrigados e também a integração com pessoas de diversas faixas etárias que residem fora. Nesse sentido, a "Casa" recebe visitas constantes de escolas da região, de outras pessoas do bairro e de outras regiões da cidade.

Juntos, os abrigados e seus visitantes participam de jogos, festas, danças, ou simplesmente sentan-se, ora para conversar, ora para ouvir as inúmeras histórias que os abrigados têm para contar, Além disso, em ocasiões predeterminadas, os abrigados da "Casa" são levados pela entidade para passeio em museus, ao zoológico, entre outros.

O Idoso na Cultura Indígena

No Brasil, existem cerca de 220 etnias indígenas e, em grande parte delas, a figura do idoso é valorizada como um arquivo vivo. Os saberes tradicionais englobam vários aspectos da vida nas aldeias, desde a medicina, com as curas através dos conhecimentos dos remédios feitos de ervas e dos rituais xamânicos, até os cantos e as danças para os dias de festas.

Na cultura Baniwa os idosos são extremamente importantes, principalmente pelos conhecimentos espirituais desenvolvidos durante toda a vida. Os xamãs mais poderosos só atingem os altos níveis de poderes sobrenaturais, como o dom da cura, da clarividência e das profecias, depois de uma longa vida de experiências.

Um exemplo vivo dessa função de guardião das tradições é o cacique Paulito de Aquino, da etnia Kaiová, que habita no Mato Grosso do Sul. O cacique é a única pessoa entre a população das etnias Guarani e Kaiová, com cerca de 25 mil pessoas, a fazer os rituais de perfuração dos lábios dos meninos, quando atingem os 8 anos de idade.

O cacique é também um dos últimos representantes dos antigos rezadores, que conhecem os segredos das ervas medicinais e fazem a comunicação com Deus através da cruz e das maracas, para a cura de pessoas e para pedir chuva durante a estiagem. "O Mato Grosso é abençoado porque tem muito índio que sabe rezar pedindo calma para as tempestades", diz o cacique.

Outro exemplo da resistência a cultura, respeito às tradições e aos ensinamentos dos mais velhos acontece entre os Xavantes, que vivem no estado do Mato Grosso. A cultura desse povo é marcada pela coletividade e a falta de individualismo. O cacique Tseretsu, com 62 anos, é o líder da aldeia. Segundo o costume, como homem mais velho ele é o responsável por ensinar os cantos, as danças, o artesanato e as técnicas da construção das casas para os mais jovens, além de contar a mitologia do povo.

Créditos: Guto Paschoal - "Anciãos transmitem cultura indígena" - http://www.comciencia.br.


O Idoso em nossa Sociedade

A expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando consideravelmente a cada ano, passando de 43,3 anos para 71,9 anos em um período de apenas quatro décadas.

Esta nova realidade aos poucos está despertando na sociedade maior interesse e atenção, pois com este aumento de sobrevida as pessoas da terceira idade estão buscando uma melhor qualidade em suas vida, ou seja, estes cidadãos, após os resultados de uma longa vida de produção e trabalho, contribuem agora com os seus proventos de aposentadoria para uma importante movimentação da economia como um todo.

Desta forma, colaboram para o crescimento econômico, o qual provoca a geração de novos empregos, que serão ofertados aos jovens os quais a cada ano ingressam no mercado de trabalho.

O Estatuto do Idoso

O estatuto do idoso é um documento, em forma de lei, que possui mais de 100 artigos e visa assegurar direitos aos idosos com mais de 60 anos de idade.

Mas, para que estes direitos sejam cumpridos é preciso divulgá-los a todos, principalmente para aqueles idosos que desconhecem seus direitos.

Vamos conhecer um pouquinho dele?

ESTATUTO DO IDOSO

Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003

Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos.

Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, COM ABSOLUTA PRIORIDADE, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Art. 10º - Parágrafo 3º - É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

Art. 14º Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social.

Art. 34º Aos idosos, a partir de 65 anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de um salário mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – (L.O.A.S.).

Art. 37º O idoso tem direito a moradia digna com sua família ou desacompanhado de seus familiares, QUANDO ASSIM O DESEJAR, ou, ainda, em instituição pública ou privada.

O que é terceira idade?

A terceira idade é uma etapa da vida de uma pessoa.

Para a Organização Mundial da Saúde (1991), a qualidade de vida na terceira idade pode ser definida como a manutenção da saúde, em seu maior nível possível, em todos os aspectos da vida humana: físico, social, psíquico e espiritual.

Em nossa sociedade a terceira idade deveria estar associada com felicidade, experiência e sabedoria. Mas ainda não é vista dessa forma por muitos.

É com a chegada da terceira idade, que alguns problemas de saúde passam a ser mais frequentes, e outros, incomuns nas fases de vida anteriores, começam a aparecer. A osteoporose e o mal de Alzheimer, por exemplo, são mais suscetíveis de acontecer nessa fase.

Mas, como envelhecer de forma saudável priorizando esforços para a manutenção da independência e autonomia?

Sabe-se que a inatividade é o elemento que mais compromete a qualidade de vida na terceira idade. Por isto, é importante que os idosos pratiquem alguma atividade prazerosa como, por exemplo: ginástica, estudos, leitura, etc.

Aprendendo com a Melhor Idade

A maioria dos idosos sente-se (velho, pobre, sozinho e doente). Por incrível que pareça as crianças trazem conforto a muitos deles. Talvez isto ocorra pelo simples fato de estar sendo ouvido por alguém ou por relembrar momentos importantes de sua infância ou juventude.

Nasce aí, neste contato, nosso projeto!

Ele visa à integração entre crianças e idosos a fim de estabelecer uma oportunidade de aprendizagem, carinho e cuidado entre estas gerações.

Acreditamos que por meio destas relações a criança compreende e apreende valores, lições de vida através de suas histórias pessoais e coletivas, prestando-se a uma maior valorização do idoso em sua família e em outra. Estruturando assim, elos de respeito e reconhecimento pelo saber de vida.