quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Avô imigrante português nos visita em classe







































No último dia 17 de novembro, um avô imigrante português, nos visitou em classe para participar de uma entrevista sobre a sua vida do imigrante em São Paulo, no século XX, assunto que o 3º ano está estudando na área de História e Geografia. Avô do aluno Gustavo Dias Rosário, o Sr. Joaquim Simões Dias nos enriqueceu com a sua presença e simpatia, contando detalhes sobre a sua vida em Portugal e como teve que assumir muitas responsabilidades na família ainda muito novo. Ao chegar no Brasil, conheceu a cidade do Rio de Janeiro e a partir daí se encantou pelo nosso país, construindo a sua vida e a sua família em terras brasileiras. Diz que o Brasil é uma terra abençoada e hoje vive para curtir os netos e os passeios pelo país e pelo mundo.
















Leia abaixo o texto coletivo produzido pelos alunos para registrar os conhecimentos construídos com a entrevista dada pelo avô Joaquim:
















"Nós conversamos com o Sr. Joaquim, um avô português de 70 anos. Lá em Portugal, morava em Souto Bom e criava cabras, além de ter também uma horta em casa. Ele nos contou que as casas eram feitas de pedras e ficavam no alto de um morro. A comida mais tradicional da cidade era o bacalhau e quando nevava tinha aula na escola do mesmo jeito. O Sr. Joaquim chegou no Brasil quando completou 18 anos. Seu primeiro aniversário aqui foi comemorado no Rio de Janeiro. Após sua chegada, foi morar na zona leste de São Paulo e começou a trabalhar como caminhoneiro. Hoje o avô do Gustavo Rosário tem dupla cidadania e gosta de voltar para Portugal a passeio".





Acompanhe, agora, trechos do depoimento dado pelo avô imigrante português aos alunos:
"Meu nome é Joaquim Simões Dias, nasci em 27 de junho de 1939, em Souto Bom, que pertence a cidade de Beira Alta. Meus pais moravam no alto de Serra do Caramulo,onde cresci, estudei e fui livre para brincar e ajudar a cuidar dos meus irmãos, da horta e das cabras que criávamos. Tínhamos uma vista incrível da montanha, que no inverno cobria-se de neve; lá fazia muito frio, bebíamos leite de cabra, fazíamos vinhos para serem tomados pela manhã, comíamos pães e broas de milho feitas por minha mãe; meu pai normalmente levava o milho para ser moído nos moinhos próximos da nossa casa, milho este que era plantado por nós e secava em reservas, que eram paióis feitos em madeira bruta elevado do solo para secar e não ser comido por animais. Tudo ia muito bem até papai adoecer e mamãe ficar sozinha. quando ele foi para o hospital minha rotina ficou mais difícil porque a mamãe ia vender nossas verduras na cidade mais próxima, ou seja, descia a montanha com o cesto na cabeça e eu era responsável pelas minhas irmãs. Aos 17 anos decidi vir para o Brasil e completei 18 anos ao chegar no Rio de Janeiro, após 12 dias de viagem. Aqui tive algumas dificuldades, mas superei bem todas elas; casei aos 24 anos e tive 3 filhos, sendo a mãe do Gustavo a minha terceira filha, que me deu ele e a irmãzinha dele como presentes, meus amados netos. É com muito orgulho que posso contar um pouco da minha história aos colegas do meu querido neto, pois sou com muito orgulho um imigrante português".





































Um comentário:

monster high-mh world disse...

Tatiana,
você já soube da outra entrevista com um âvo Portugues?
me responda logo,tá!
bjs,Amanda